Noite sem fim
Não sei bem ao certo onde estou, sei que
não quero sair do meio dessa multidão, observo, conforme as luzes se alternam
nesse acende e apaga, todos pulam, dançam e gritam um refrão que não consigo
compreender mas sinto em cada músculo, em cada centímetro do meu corpo, tomando
conta de mim de um jeito sem igual, transformando meu balançar em pulos e
gritos tão altos, descontrolado, consigo fazer com que todos ao redor notem
minha presença imunda.
Aqueles ao meu redor bebem, berram,
pulam, fumam, beijam, abraçam e conversam, vivem. Os que estão mais próximos a
mim esbarram e acabam por me empurrar com tanta força para todos os lados posso
sentir mãos, pés, braços, cabeças e acho que até lábios, dentes caindo ao chão.
Há tanta fumaça ao meu redor, que me faz pensar que poderia ser mais uma noite gélida cheia de nevoa mais todos aqui são pessoas alegres segurando um copo cheio de um bom rum.
Há tanta fumaça ao meu redor, que me faz pensar que poderia ser mais uma noite gélida cheia de nevoa mais todos aqui são pessoas alegres segurando um copo cheio de um bom rum.
Não, eu não quero que esta sensação se
vá, não quero ter que voltar para aquelas esquinas frias e becos escuros que me
assombram, que me enlouquecem com tantas duvidam e angustias, não retornarei
para minha realidade quero poder ficar aqui. Este lugar é tão parecido com os
que eu criava e imaginava antes de dormi quando era criança.
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