Metas vazias

by - 18 julho


Hoje pela manhã quando sai da cama, fui acolhida por uma brisa gélida, cheia de nostalgia de quando era pequena, cheirinho de café e pão no forno, parecia uma manhã normal, abri a porta pesada de maneira, então pude perceber que era como se estivesse no futuro, não reconhecia os cômodos, nem mesmo as pessoas ali, cada instrumentos presente ao meu redor não funcionava, os telefones estavam mudos.
Em meu contorno havia centenas de milhares de pessoas pra lá e pra cá, com olhos vazios vidrados, cabisbaixos, anda, corre, trabalha, dorme e acorda. Treinos viram horários até mais tarde, saídas com amigos transformadas em reuniões corporativas, tempo com os filhos em checklist para apresentações do dia seguinte, no final do dia se pergunta para onde foi todo aquele tempo entre o almoço e o jantar, pergunta-se sobre as danças, os drinks e os encontros românticos.
Almeja tanto o termino, que acaba esquecendo onde quer ir e como quer chegar, desconsiderando o pódio de memorias infinitas carregados de sentimentos inexplicáveis, fantasiando com falsas realizações. 

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