Conflitos restritos

by - 11 julho


Quantas vezes você estava caminhando e de repente parou e sentiu o vento, escutou pessoas conversando e rindo, carros, motos e ônibus indo e vindo, grilos cantando se misturando com buzinas e estardalhaços olhou à cima e quis juntar-se as estrelas.
Sentiu que onde estava não lhe preenchia que necessitava correr o mais longe, ter a sensação de liberdade, vento úmido congelando os pulmões e rosto, coração tão cheio de adrenalina, que parece mar em tempestade.
Um vazio sem explicação uma vontade de chorar até soluçar, ganhar um abraço sem fim, um colo e cafuné, quantas vezes você precisou ir para saber que precisava ter ficado ou quantas ficou querendo ter ido.
Quantos debates sem fim já se passaram em apenas um passo e quantas escolhas foram tomadas antes de chegar à próxima esquina e quantas memórias foram esquecidas de verdade e quantas você se lembra na caminhada de volta pra casa sobre as estrelas e ainda quantas se esforça para afastar todos os dias pela manhã antes do café.

Hoje, amanhã, quando for passar por uma pessoa, seja quem for, deseja uma boa noite, um bom dia, não se sabe quantos conflitos ela está tendo hoje ou quantos ainda vão lhe abater até que ela possa se deitar.

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